domingo, junho 17, 2007

Want to see light

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quinta-feira, junho 14, 2007

Ell(i)e

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Ellie Parker de Scott Coffey (2005)

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Com Naomi Watts. E são realmente muitos watts, muita irradiação.
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Physical Improbability

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Damien Hirst, The Physical Impossibility Of Death In The Mind Of Someone Living (1991)

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Há muito que a Física Quântica (e não só) nos diz que não existem impossibilidades físicas. Improbabilidades, sim, mas (remotamente) possível. Assina-se uma petição a favor de um David Copperfield a encolher o Oceanário? Ilusionistas da mente, esquartejaremos o tubarão das águas profundas até que ele se torne uma improbabilidade física.
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terça-feira, junho 12, 2007

Shanghai Dreams

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Shanghai dreams de Wang Xiaoshuai (2005)
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Sonhavam Shangai. Sobretudo ele. E agarrando-se a isso, era duro e exigente para com a filha. Não queria que ela amarfanhasse eternamente naquele desterro. Não queria para ela o desperdício dos seus últimos dez anos. Feitas as contas, não foi o "ermo" da localidade que a fizeram sofrer, antes a severidade e a incontida amargura dele.

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In the pursuit of the unknown circus lady [2]

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Sempre que podia ele não falhava um espectáculo. Bilhete para a primeira fila, o mais próximo possível das fulgurações daquele corpo. Noite e dia ele sonhava com aqueles lábios engolindo e expelindo fogo. Na certa, traria com ela centelhas para casa e com um só beijo tudo acenderia. Felizardo daquele cujo amor se ateasse de lábios assim. O seu peito descompassado, quase em chaga, era prova viva de que ela dominava a ciência da combustão controlada, em toda a escala de intensidades.

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sábado, junho 02, 2007

A letra «A» [3]

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Nada de enigmático neste post. Um «A» anárquico assina o repto. Os antípodas digladiam-se nuns escassos centímetros quadrados. Liberdade (desregrada) Vs ordem concentracionária, entre outros. Há prisões dentro de nós. Muitas alas e celas com toda a sorte de prisioneiros. Há o «A» grande, o «A» anárquico e inconformado por excelência, que de quando em vez se insurge. Mas contra muros de betão e os sólidos portões do sistema, um só pulso pouco ou nada adianta. Sobra a grafia de uma causa perdida, romântica (ou romantizada) por inerência.
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Update pecamínico

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Estudos arqueológicos parecem destronar a maçã do seu trono. Parece que o fruto proibido seria mais provavelmente o alperce. A ser assim, acho ainda mais tentadora a prevaricação, mais desculpável o fraquejo de Adão.
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Viva Cuba

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Viva Cuba de Juan Carlos Cremata (2006)
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Eram inseparáveis. Amigos, irmãos, inimigos, cúmplices, colegas de escola, “namorados” de tenra idade. Não podiam um com o outro e estavam sempre juntos. Ele pisava-lhe os pés nas aulas de dança. Em tudo, ela respondia-lhe à altura, altiva. Mas ador... não, não há aqui lugar para um mas: simplesmente adoravam-se. E como tal, cada qual selou o seu segredo numa caixa bem selada e enterrada, que só voltariam a abrir quando fossem grandes. Porém, depressa chegou o dia em que a mãe dela decidiu que tinham de partir dali, que nada mais a retinha ali. Sabe-se como são as crianças: peritas em delinear planos B para se furtarem aos dos graúdos. Vai daí: dedos pequenos em longa rota sobre o mapa, até ao extremo da ilha. E logo se puseram a caminho do farol, dessa réstia de luz e esperança na não separação.
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sexta-feira, junho 01, 2007

Instantes: areia por entre os dedos

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Dão-se as mãos, segurando cada instante por entre os dedos.
Olho o instante. Reside neles: no gesto, no rosto. Caminha com eles.
Quando olhar para trás e já não os vir, ter-me-á escapado. Será passado.
Ficarei só, no meio da rua, não sei se em espera de que outro par mo traga.
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Cola-Colas

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Já temos a Light e a Zero. Qual se segue? A Homeopática?
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Comércio imagético

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Ontem, apesar dos chuviscos matinais, a Alexandre Herculano encheu-se de pernas e peitos fartos. Improvisação de uma pré-temporada de veraneio? Nada disso. O que sucede é que elas voltaram. As meninas da GALP voltaram às ruas. Só mudaram de fato de trabalho, desta feita para distribuir Coca-Colas Zero.
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A letra «A» [2]

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Não a escarlate de Hawthorne.
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