segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Sílvia Alberto no “Só Visto”
Aviso desde já que o post que se segue é de teor confessional, a raiar o colegial. A raiar? Pronto, está bem... digno dos sobressaltos emotivos de qualquer colegial imberbe. Um daqueles sentimentos platónicos que, de tão infundado e sem substância no concreto (e cuja revelação em primeríssima mão ocorre aqui neste blogue), não vejo como possa trazer mal algum a quem quer que seja... a não ser à minha pessoa, como é evidente.
Começo por confessar que assisto quase sempre com um ar embevecido às aparições televisivas da belíssima Sílvia Alberto. Nessas alturas, a contradição que se anima no meu espírito é de ordem objectiva e subjectiva, como não podia deixar de ser. Por um lado não sou fã, nem posso dizer que tenha sido espectador assíduo dos programas em que ela se notabilizou. Contudo, sempre que o acaso - e o zapping parece ter nisso mão prestidigitadora – me coloca frente a frente com ela (eu, em posição de espectador passivo; ela, uma bonita imagem compósita de não sei quantos pixéis) não consigo desviar os olhos de tamanha graça e presença de espírito. Bebo literalmente as suas palavras ao mesmo tempo que os meus olhos contornam sem pressas as linhas suaves do seu rosto.
O mais recente episódio digno de um colegial ocorreu no passado domingo, quando Sílvia Alberto foi entrevistada por Daniel Oliveira no programa Só Visto (programa que, e já que estou em maré de confissões, desde já confesso não apreciar). Antes desse zapping inocente, qual aparição de outro mundo, decorria com toda a normalidade o almoço em minha casa. No entanto, o Só Visto parece ter criado um volume excessivo de anticorpos aqui entre os meus familiares, só assim se explica o ter motivado pedidos tão insistentes para que eu mudasse de canal. Com o pretexto pueril de que queria ouvir mais uma vez o breve trecho do Hung Up da Madonna (que também aqui ninguém parece apreciar a não ser eu, mas que aparentemente toleram como a um jingle anódino), e que musicava os interregnos da entrevista, lá fui conseguindo adiar por mais um pouco o momento da separação, antes de ser obrigado a mudar para a 2: e ser atirado para a realidade tecnocrática do 2010. Mas depois é claro que zurzi a torto e a direito num certo cinzentismo do 2010 (confesso que certas reportagens até gosto de ver) para tornar à Sílvia... e que remédio, acabaram todos por ceder.
Mas falando agora da dita entrevista... Da sua intervenção retive com surpresa acrescida a breve referência a um qualquer ditongo, que já não me lembro em que contexto teria surgido. (Esta última frase pode parecer um pouco descabida num texto que se quer confessional, mas não consigo resistir em polvilhá-la com um pequeno elemento pitoresco). O que mais me surpreendeu na entrevista foi a conjugação perfeita da humildade, da disponibilidade de espírito e abertura sincera (e porque não acrescentar aquele sorriso, sempre aquele sorriso...), além da maturidade dos seus 24 anos. Inesquecível a parte em que ela responde à pergunta se ainda se considera uma menina ou uma mulher, mais ou menos nestes termos: “...sinto que já sou suficientemente crescida para encarar um possível falhanço sem um sorriso nos lábios... Se isso é ou não ser mulher, isso já não sei...” - como que a dizer que o advento da maturidade pressupõe encarar as situações difíceis nas suas devidas proporções e consequências e não tentar escamoteá-las com um simples sorriso, como se nada se tivesse passado.
Haverá quem não gostasse de ter estado na pele do rapazito que lhe deu o braço para um passo de dança, no final do programa? Fazendo minhas as palavras de Daniel Oliveira, na hora da despedida: “Sílvia Alberto é bom ter-te aqui por perto. Rima e é verdade...”
P.S. Para não gerar potenciais equívocos asseguro que, com alguma pena minha (alguma?), não conheço pessoalmente a Sílvia Alberto, a não ser pela via impessoal e esporádica da TV.
P.S.2 Não acham que este post é em parte um reflexo dos nossos tempos? O quanto é fácil "enamorar-nos" por uma imagem... Bem que o sr. João Lopes (crítico de cinema do DN) nos tem alertado para o poder das imagens...
P.S. Para não gerar potenciais equívocos asseguro que, com alguma pena minha (alguma?), não conheço pessoalmente a Sílvia Alberto, a não ser pela via impessoal e esporádica da TV.
P.S.2 Não acham que este post é em parte um reflexo dos nossos tempos? O quanto é fácil "enamorar-nos" por uma imagem... Bem que o sr. João Lopes (crítico de cinema do DN) nos tem alertado para o poder das imagens...
Mais cartoons?
A minha versão dos factos: o computador apreendido ao jornalista do 24 Horas talvez contivesse como plano de fundo no ambiente de trabalho um cartoon a satirizar a inoperância do Ministério Público. Quem sabe?....
Onde estava a Agência de Energia Atómica?
Por casualidade ou talvez sub-repticiamente, o Ocidente produziu a primeira bomba de destruição maciça low-cost do milénio. Qual Los Álamos, qual Enola Bay, qual quê... Um pouco de imaginação, uns rudimentos de desenho, um prelo temerário... e eis que temos a dita bomba impressa em papel pardo. Largada matinalmente nos quiosques e nas bancas dos jornais do Ocidente, é contudo recebida nesse nicho de civilidade com relativa indiferença. Os efeitos devastadores, esses, produzem-se noutras paragens. Para os mais distraídos, falo obviamente dos cartoons que retratam o profeta Maomé. Uma parte do Islão, sentindo-se ofendido e directamente atingido, é quem detona a fissão. As vítimas, antes de o serem, e incitados por discursos inflamados de alguns mullahs, encarregam-se elas mesmo de destruir tudo à sua volta. Em jeito de conclusão para esta fábula: creio que a longa distância entre o local da largada das ditas "bombas" e os respectivos alvos corresponde em parte a algo tão corriqueiro como as diferenças de culto do sentido de humor: entre o seu uso relativamente saudável entre "nós" (com este "nós" não pretendo uma separação de águas oriente/ocidente, mas sim nele englobar todos os que promovem os valores democráticos, como o direito à liberdade de expressão, que como todos nós sabemos está bastante condicionado nos países do médio oriente) e a aversão que inspira aos sectores fundamentalistas, que decerto não enjeitariam uma boa piada sobre judeus...
Devaneio (não sem ingenuidade e em termos gastronómicos) sobre o que os comentadores políticos pensam
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Apresentação dos novos equipamentos da selecção nacional
Terá valido a pena cada minuto de destaque que as televisões deram ao evento? Julgo que não... Mas quem o confessa também não é um aficionado das lides futebolísticas. Estou ciente de que me sujeito a ser visto de ora em diante como um apóstata e um potencial alvo a abater. A ver se me importa! Não sou certamente o único deste lado das barricadas. Cada dia que passa, engrossam as fileiras dos que não se revêem nessa espécie de circo romano dos tempos modernos. Cada qual é livre de gostar do que bem lhe apetecer. Mas continuando...
Não me permito a comparação com um desfile de moda, porque ao que julgo não havia passerelle. Fez-me lembrar, isso sim, a expo-car. Por acaso não repararam no estatismo invulgar dos jogadores-modelos, operando todos em simultâneo um singular movimento de rotação de 360º sobre os pitons das chuteiras, enquanto reluziam sob os flashes instantâneos das máquinas dos repórteres, tal qual um capot acabadinho de ser encerado?
Só é pena que à FPF não lhe tivesse ocorrido a ideia de contratar umas lindas modelos. Já as imagino a espraiarem-se com os seus belos sorrisos colgate ao colo de cada um dos jogadores e com as mãos finas e lânguidas a deslizarem ao de leve pela novíssima carroçaria vermelha com uns laivos de verde... É certo que algumas dificuldades adviriam daí, pois creio que todas elas disputariam o Cristiano Ronaldo e que não se contentariam com um deslizar suave, mas isso agora é irrelevante. Por outro lado também não creio que os jogadores fossem menos inocentes e comedidos. É conhecida a bazófia com que costumam acolher os novos equipamentos... Talvez que, apelando ao profissionalismo das ditas modelos e dos jogadores, fosse o suficiente para debelar este pequeno senão. Mas tudo isto é francamente irrelevante...
Não havendo salvação possível para este post, remato dizendo: não há dúvida que deste modo a operação de marketing sairia bem mais vistosa e foco de atenção garantida. Pelo menos para mim, esse toque feminino seria uma lufada de ar fresco (bem perfumada) entre os inúmeros e tão fastidiosos blocos de entrevistas a jogadores e treinadores de futebol... Não concordam comigo?
P.S. Espero sinceramente que não leiam nestas palavras a apologia do papel decorativo da mulher! Nada disso!
Para começar com uma provocação
.
Só por desconhecimento da alta eficiência germânica (e/ou talvez por se basear em padrões de produtividade terceiro-mundistas), se compreende que o embaixador do Irão em Portugal (decerto versado em matemática, física da combustão e cremações) possa refutar com os seus cálculos o número de baixas e cremações ocorridas em Auschwitz... Desconfio que o Irão queira apagar da história a era Hitler para inaugurar uma era Ahmadinejad (ou lá como ele se chama). O próximo passo talvez consista em negar que Hitler fosse vegetariano e que afinal comeria carne de porco! (que como sabem é impura segundo os costumes e palatos judaicos e muçulmanos). .
Perda de virgindade!
.Apetecia-me mesmo um blogue! Eu que não fumo, se tivesse à mão um maço de tabaco, até que celebraria a ocasião com um cigarrinho.
P.S. Fonte de inspiração para o nome do blogue:- Ambrósio! Apetecia-me algo... algo doce e de preferência com recheio...- Tomei a liberdade de pensar nisso, senhor.- Bravo Ambrósio! Apetecia-me mesmo um blogue!.
P.S. Fonte de inspiração para o nome do blogue:- Ambrósio! Apetecia-me algo... algo doce e de preferência com recheio...- Tomei a liberdade de pensar nisso, senhor.- Bravo Ambrósio! Apetecia-me mesmo um blogue!.