sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Apresentação dos novos equipamentos da selecção nacional


Terá valido a pena cada minuto de destaque que as televisões deram ao evento? Julgo que não... Mas quem o confessa também não é um aficionado das lides futebolísticas. Estou ciente de que me sujeito a ser visto de ora em diante como um apóstata e um potencial alvo a abater. A ver se me importa! Não sou certamente o único deste lado das barricadas. Cada dia que passa, engrossam as fileiras dos que não se revêem nessa espécie de circo romano dos tempos modernos. Cada qual é livre de gostar do que bem lhe apetecer. Mas continuando...
Não me permito a comparação com um desfile de moda, porque ao que julgo não havia passerelle. Fez-me lembrar, isso sim, a expo-car. Por acaso não repararam no estatismo invulgar dos jogadores-modelos, operando todos em simultâneo um singular movimento de rotação de 360º sobre os pitons das chuteiras, enquanto reluziam sob os flashes instantâneos das máquinas dos repórteres, tal qual um capot acabadinho de ser encerado?
Só é pena que à FPF não lhe tivesse ocorrido a ideia de contratar umas lindas modelos. Já as imagino a espraiarem-se com os seus belos sorrisos colgate ao colo de cada um dos jogadores e com as mãos finas e lânguidas a deslizarem ao de leve pela novíssima carroçaria vermelha com uns laivos de verde... É certo que algumas dificuldades adviriam daí, pois creio que todas elas disputariam o Cristiano Ronaldo e que não se contentariam com um deslizar suave, mas isso agora é irrelevante. Por outro lado também não creio que os jogadores fossem menos inocentes e comedidos. É conhecida a bazófia com que costumam acolher os novos equipamentos... Talvez que, apelando ao profissionalismo das ditas modelos e dos jogadores, fosse o suficiente para debelar este pequeno senão. Mas tudo isto é francamente irrelevante...
Não havendo salvação possível para este post, remato dizendo: não há dúvida que deste modo a operação de marketing sairia bem mais vistosa e foco de atenção garantida. Pelo menos para mim, esse toque feminino seria uma lufada de ar fresco (bem perfumada) entre os inúmeros e tão fastidiosos blocos de entrevistas a jogadores e treinadores de futebol... Não concordam comigo?

P.S. Espero sinceramente que não leiam nestas palavras a apologia do papel decorativo da mulher! Nada disso!

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