quarta-feira, abril 23, 2008

Narradores de viagem

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Ao fim de cada viagem expandimos em nós as gavetas, o álbum a abarrotar de excertos cuja análise de tão néscia adiamos, consentindo que bóie em reservatório estanque. A insegurança dos dias... que bem que justifica o fiel desvio. Paramos frente ao mostruário onde nos fascinam recordações. Em saldo tenta-nos o caleidoscópio que nos baralha. Entramos e somos abordados. Que sentido extraímos do paleio do vendedor? Sem que ele o saiba, sem que o saibamos, impinge-nos vigarices. Convence-nos que a pilha de imagens é partilhável, transmissível a quem não nos acompanhou em viagem.
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