Narradores de viagem
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Ao fim de cada viagem expandimos em nós as gavetas, o álbum a abarrotar de excertos cuja análise de tão néscia adiamos, consentindo que bóie em reservatório estanque. A insegurança dos dias... que bem que justifica o fiel desvio. Paramos frente ao mostruário onde nos fascinam recordações. Em saldo tenta-nos o caleidoscópio que nos baralha. Entramos e somos abordados. Que sentido extraímos do paleio do vendedor? Sem que ele o saiba, sem que o saibamos, impinge-nos vigarices. Convence-nos que a pilha de imagens é partilhável, transmissível a quem não nos acompanhou em viagem.
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7 Comentários:
era uma vez, num regresso de uma viagem,...
fico à espera da partilha
abraço
luísa
Concordo com a pin gente. Conta lá as tuas viagens...
os vendedores apanham-nos o ponto fraco, é certo. mas gosto de ter uma ou outra gaveta cheia de unguentos inúteis, literaturas dobradas ao contrário dos vincos (e que já não cabem nas caixas) folhetos com promessas de outras viagens. abro-as de vez em quando.
Não há regresso?...
Beijinhos*
e apetecia-me um chá.
Obrigado por teimarem em trazer vida a este espaço moribundo. Abraços e beijinhos.
Apeteceu-me um comentário. Ao espaço nada moribundo, deixo a narrativa de um qualquer viajante de blogs: só é possível partilhar a vivência de um espaço alheio se de facto o vivemos igualmente.
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