Onde estava a Agência de Energia Atómica?
Por casualidade ou talvez sub-repticiamente, o Ocidente produziu a primeira bomba de destruição maciça low-cost do milénio. Qual Los Álamos, qual Enola Bay, qual quê... Um pouco de imaginação, uns rudimentos de desenho, um prelo temerário... e eis que temos a dita bomba impressa em papel pardo. Largada matinalmente nos quiosques e nas bancas dos jornais do Ocidente, é contudo recebida nesse nicho de civilidade com relativa indiferença. Os efeitos devastadores, esses, produzem-se noutras paragens. Para os mais distraídos, falo obviamente dos cartoons que retratam o profeta Maomé. Uma parte do Islão, sentindo-se ofendido e directamente atingido, é quem detona a fissão. As vítimas, antes de o serem, e incitados por discursos inflamados de alguns mullahs, encarregam-se elas mesmo de destruir tudo à sua volta. Em jeito de conclusão para esta fábula: creio que a longa distância entre o local da largada das ditas "bombas" e os respectivos alvos corresponde em parte a algo tão corriqueiro como as diferenças de culto do sentido de humor: entre o seu uso relativamente saudável entre "nós" (com este "nós" não pretendo uma separação de águas oriente/ocidente, mas sim nele englobar todos os que promovem os valores democráticos, como o direito à liberdade de expressão, que como todos nós sabemos está bastante condicionado nos países do médio oriente) e a aversão que inspira aos sectores fundamentalistas, que decerto não enjeitariam uma boa piada sobre judeus...
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