sábado, junho 02, 2007

Viva Cuba

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Viva Cuba de Juan Carlos Cremata (2006)
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Eram inseparáveis. Amigos, irmãos, inimigos, cúmplices, colegas de escola, “namorados” de tenra idade. Não podiam um com o outro e estavam sempre juntos. Ele pisava-lhe os pés nas aulas de dança. Em tudo, ela respondia-lhe à altura, altiva. Mas ador... não, não há aqui lugar para um mas: simplesmente adoravam-se. E como tal, cada qual selou o seu segredo numa caixa bem selada e enterrada, que só voltariam a abrir quando fossem grandes. Porém, depressa chegou o dia em que a mãe dela decidiu que tinham de partir dali, que nada mais a retinha ali. Sabe-se como são as crianças: peritas em delinear planos B para se furtarem aos dos graúdos. Vai daí: dedos pequenos em longa rota sobre o mapa, até ao extremo da ilha. E logo se puseram a caminho do farol, dessa réstia de luz e esperança na não separação.
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1 Comentários:


Blogger magarça disse...

E viveram felizes para sempre...

17/06/07, 12:19  

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