Repto a favor da sanidade mental
A violência (o sangue, os corpos estropiados, os gritos desvairados, etc.) que grassa nos telejornais tem atingido doses de tal forma insustentáveis, que aconselho vivamente que de ora em diante desliguem o televisor para não comprometerem a vossa sanidade mental. Aquele etc. a fechar o parêntesis é tudo menos inocente, pois aponta para uma certa tendência de banalização e de relativização de todo esse espectáculo do horror com que diariamente somos confrontados e que inevitavelmente acaba por conduzir uma grande fatia dos telespectadores às margens da apatia e da indiferença gradual. Eu opto pela não indiferença, pela não equiparação e equivalência das diferentes tragédias ao menor denominador comum. Quero ter a liberdade de poder digerir e reflectir sobre esses eventos nos meios noticiosos à minha escolha, seja na imprensa escrita ou nos jornais on-line, de forma menos condicionada do que aquela que me é veiculada pelas imagens impactantes dos telejornais. Se quiserem façam como eu: desliguem o televisor ou mudem de canal quando o pivô, esse arauto das desgraças, se digna a alertar-nos para a possibilidade do teor noticioso poder ferir as consciências mais susceptíveis. E por favor, não confundam o repto que aqui vos deixo com a atitude da avestruz que enfia a cabeça na areia....
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