Cada vez mais raro nos dias de hoje
«Acerca daquilo de que se não pode falar, tem de se ficar em silêncio»
Wittgenstein in Tractatus, 6.54
Os temas mais caros à humanidade como a vida e o seu sentido, o amor e a morte, têm sido discutidos desde tempos imemoriais; contudo, continuamos sem saber grande coisa sobre cada um desses mistérios. As palavras correm em catadupa, mas simplesmente não chegam lá.
Há alturas em que o silêncio vale mesmo ouro, em que as palavras estorvam mais que um carro estacionado em segunda fila. E hoje em dia parece que temos de ter uma opinião formada sobre tudo, uma adenda na cartola para todo o tipo de conversas e situações. Não há assunto que não seja escrutinado e a verborreia nunca teve tantos meios para se auto-propagar: telemóveis, blogues, jornais, revistas, etc... (é pá! isto pode ser preocupante: interesso-me por estes quatro exemplos que dei e podia dar mais alguns).
Por isso digo que parece cada vez mais raro nos dias de hoje: haver quem viva de forma intensa, mas em silêncio, aquelas experiências que de alguma forma nos ultrapassam. Falar nessas alturas é uma pedrada que destoa e arriscamo-nos a não dizer mais que meras banalidades.
Wittgenstein in Tractatus, 6.54
Os temas mais caros à humanidade como a vida e o seu sentido, o amor e a morte, têm sido discutidos desde tempos imemoriais; contudo, continuamos sem saber grande coisa sobre cada um desses mistérios. As palavras correm em catadupa, mas simplesmente não chegam lá.
Há alturas em que o silêncio vale mesmo ouro, em que as palavras estorvam mais que um carro estacionado em segunda fila. E hoje em dia parece que temos de ter uma opinião formada sobre tudo, uma adenda na cartola para todo o tipo de conversas e situações. Não há assunto que não seja escrutinado e a verborreia nunca teve tantos meios para se auto-propagar: telemóveis, blogues, jornais, revistas, etc... (é pá! isto pode ser preocupante: interesso-me por estes quatro exemplos que dei e podia dar mais alguns).
Por isso digo que parece cada vez mais raro nos dias de hoje: haver quem viva de forma intensa, mas em silêncio, aquelas experiências que de alguma forma nos ultrapassam. Falar nessas alturas é uma pedrada que destoa e arriscamo-nos a não dizer mais que meras banalidades.
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