quinta-feira, abril 06, 2006

“Riquezas Humanas” ou então, simplesmente, "Pessoas"

Estou bem ciente de que vou ser alvo de chacota, mas enfim... quem tem blogue e não refreia o que tem para dizer sujeita-se a isso. Este post foi em grande parte motivado por me ter recordado, sem saber bem porquê (a memória tem destas coisas...), de um filme de Laurent Cantet que já vi há bastante tempo, precisamente intitulado “Recursos Humanos”. Pois bem, vou directo ao assunto. Não acham que se deveria banir do jargão empresarial a infeliz expressão “recursos humanos” (acho-a tão pobre, tão materialista, tão utilitária, como se se equiparassem pessoas a meros objectos descartáveis...) e, ao invés, passar a utilizar a expressão mais humanizada “riquezas humanas”? Vá riam-se à vontade! Mas para mim, que acredito que o mais importante neste mundo são as pessoas, faz todo o sentido. Pessoal e intransmíssivel (jogando com o título do programa do jornalista da TSF: Carlos Vaz Marques), é a riqueza que cada pessoa encerra em si e deveria ser olhado por todos como um tesouro que merece a pena vislumbrar, e, às vezes, até mesmo esforçarmo-nos por vislumbrar.


Não é tarefa fácil e é preciso merecer um tal desvelamento. À beleza interior de quantas pessoas, pode cada um de nós afirmar ter acedido sem qualquer entrave? Amizades assim tão profundas não abundam certamente por aí. Porém, também do meu ponto de vista e com certeza que muitos serão da mesma opinião, quando se fala de amizade, a quantidade é largamente suplantada pela qualidade. Mais vale poucos mas bons! Mas ainda assim, não se devia cair no erro tão comum, de remeter friamente à indiferença as pessoas que não conhecemos tão bem, sobretudo se na base dessa atitude estiver algo tão mesquinho como negar-lhes o potencial de possuírem também elas igual riqueza e valores únicos, só pelo facto de ainda não lhes termos reconhecido tal potencial ou de termos desistido de o procurar.

3 Comentários:


Anonymous Anónimo disse...

tá mt fixe o teu saite
continua lol
se kizeres vesitar o meu
vai a www.fblog.note.pt/neuza_alex

07/04/06, 22:53  

Anonymous Anónimo disse...

hoje é daqueles dias estranhos em que tenho tanto que fazer que nem sei para onde me virar. raros, mesmo. normalmente é isto, ou aquilo, e sem grande prazer, porque a mera necessidade me faz sentir contrariada. Tb não me posso queixar hoje, que me esperam bons momentos, e a necessidade é minha, de os preparar. Mas por aqui parei, mais uma vez. tenho pena de não ter estado mais perto mais cedo. Pois bem, amigo: Os teus posts não são por aqui discutidos em alta voz, mas proporcionam-me das melhores conversas comigo própria. Têm muito de concordância. e queria agradecer, mais uma vez.. agradecer muito. Há raras pessoas que nos deixam confortáveis para sentir como este teu post me fez sentir a mim. tenho um vocabulário cada vez mais pobre (como aquele senhor velho que se foi esquecendo de todas as palavras, até já bem tarde apenas balbuciar, depois dos períodos de silêncio : "é estranho"). espero saber guiar-me de uma forma que me permita ter palavras mais felizes, embora sempre muito simples. O que eu quero dizer é que escrevendo, sem querer, sou muito calada. (não parecendo). Mas o dia está mais bonito agora.

21/07/06, 20:23  

Blogger Cláudio disse...

És tão querida ANGI!

Os teus comentários além de embelezarem o meu blog, tornam os meus dias mais ricos e mais bonitos, revelam quer à superfície, quer em profundidade a grande sensibilidade que eu e todo o mundo que te conhece sempre em ti reconhecemos; revelam tudo menos um vocabulário empobrecido e mesmo que revelassem, o que conta mesmo é a nobreza e a verdade dos sentimentos, não é? E nisso nunca terás motivos para temer.

Beijinho deste amigo!

23/07/06, 01:48  

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