quinta-feira, junho 29, 2006

A entrevista com o mascador de pastilha



(tirado daqui)



Tenho o hábito de mascar pastilha elástica antes de um exame ou de outra qualquer circunstância que possa bulir-me com os nervos. Acho que é uma forma válida de lidar com o stress. Neste caso ajuda-me a triturar molarmente o stress.

Então não é que - fruto de um esquecimento, distracção ou "simplesmente" estupidez inqualificável – me esqueci de deitar fora a pastilha antes de entrar no gabinete onde iria decorrer a entrevista de emprego?!

Bem me parecia que no decurso da entrevista, o meu discurso saía de uma forma um tanto ou quanto estranha ou para ser mais correcto, parecia que as palavras se embrulhavam umas nas outras. E tudo isto, sem que eu associasse o fenómeno ao facto de continuar a mascar a maldita pastilha, embora muito ligeiramente (ao menos isso!). Estava tão concentrado a ponderar nas respostas que devia dar, a medir as palavras com régua e esquadro, que me esqueci por completo desse pequeno grande pormenor. E os pormenores costumam fazer a diferença.

Inconscientemente, cometi um daqueles erros crassos que certamente me terá desqualificado logo à partida perante o olhar escrutinador da entrevistadora. Embora ela não tenha feito nenhum reparo, vendo as coisas à posteriori, não acho que lhe tenha passado despercebido.

Não quis deixar de partilhar este triste episódio (que só me indignifica), a título de exemplo do que não se deve fazer numa entrevista de emprego. Mas infelizmente não há consolação possível para uma confissão deste género. Assim, este post só tem mesmo cabimento na medida em que espero que também ele sirva de lembrete óbvio (mais um!) por esses anos fora...

5 Comentários:


Blogger Maria P. disse...

Pode ser que a entrevistadora se recorde da sua 1ª entrevista, e pense nos nervos que causa.
Não desanimes.

Uma boa noite.

29/06/06, 21:41  

Blogger redonda disse...

Se eu fosse a entrevistadora ia ter em atenção as respostas e esqueceria a pastilha... esperemos que ela também o consiga fazer.

Comigo quando comecei como estagiária fui dar um recado à minha formadora do marido, dizendo que "o seu esposo" lhe pedira já nao sei o quê. Nunca mais se esqueceram daquilo do esposo...muito triste :)

Um beijinho e boa sorte!

29/06/06, 23:49  

Blogger Cláudio disse...

Obrigado às duas pelas vossas palavras de apoio!

02/07/06, 18:42  

Blogger efvilha disse...

Olá Cláudio!
Aqui, diríamos chicletes.
Ruminar um chiclete numa entrevista? Bem, dizem ser a primeira impressão a que fica. A mim bastariam tuas palavras. Se o fato de mascar pastilhas fosse desaprovado no ambiente do trabalho, isso seria informado na tua introdução a esse ambiente.
Já fui responsável por entrevistas. Que tal ter à tua frente um candidato a uma vaga que se apresentasse com os cabelos longos (nada contra) e há dias sem ver água e pente, bermudões um pouco sujos, camiseta tipo regata e também po ver água, chinelos Hawainas, e uma postura de dar dó?

Faz anos, a mim exigi o seguinte, em uma situação semelhante, embora não fosse entrevista visando um emprego: engoli o chiclete, procurei não pensar nas conseqüências naqules momentos, mas, depois, sim. Bem! Ainda estou vivo, mas nunca mais tive de engolir chicletes. Aprende-se.
Um cordial abraço, a ti, e aos teus amigos.
Evaristo.

02/07/06, 21:06  

Blogger Cláudio disse...

Sr. Evaristo Ferreira, obrigado pelas suas palavras!

Sem dúvida que para certos empregos os cabelos compridos podem ser um handicap (nada contra também). Mas essa questão já a resolvi há uns anos, quando decidi livrar-me deles. Pois é, confesso que no passado também já fui um "guedelhudo", mas lavadinho, atenção!

Quanto a engolir a "chiclete", nem me passou pela cabeça porque estava realmente a mascar de forma inconsciente...

Um cordial abraço transcontinental também para si!

04/07/06, 20:40  

Enviar um comentário