Desencontrados
(daqui)
Desencontros a rodarem sobre esferas diárias,
serões tão terra-à-terra - castigo sem remissão
a insípidas aventuras por estratosferas -
pasto para os rebanhos que nos uniam se dispersarem,
com o medo da partilha a tilintar em fundo,
eco que a pouco e pouco veio selar
o meu sorriso diante do teu sepulcro.
Ao pragmatismo acendeste uma vela, luziu
sobre tudo quanto de inconsequente eu fiz
para aos teus olhos te parecer mais belo.
Arrancar-te uma palavra - violência tanto maior
para mim que me conformei às dunas
fustigadas pelo silêncio por ti nutrido como um filho.
A razão por que te alimentei em sonhos?
A do viajante febril por outros desertos
com os sentidos de engorda a uma esperança
refazermo-nos da sede num oásis,
mas que entre nós nunca houve meio de existir.
1/1/2006
4 Comentários:
As férias fizeram-te bem e é um prazer voltar a ler-te de novo... as palavras (re)nascem férteis...
Muito bem, apeteceu ler duas vezes.
Beijnhos.
Cláudio,
faço-te um desafio. Visita o meu blog através deste link http://meninarabisco.blogspot.com/2006/08/as-minhas-etiquetas.html#links
Espero que aceites.
Beijinhos.
Menina Rabisco.
Anagwen: obrigado pelas tuas palavras. Força para o teu blog, que ainda agora começou. Prometo ir espreitando...
Maria P. És sempre bem-vinda... espero que os meus posts continuem a apetecer-te... no mínimo uma vez :) Beijinhos
Menina Rabisco: agradeço-te pelo desafio.. deixei uma pequena explicação no teu blog, espero que compreendas... Beijinhos
Peluxeu: que sorriso maroto é esse? Sim, conhecendo-te bem, só pode ser um sorriso maroto... Ora, só desculpas... podias aguardar a estudar, não era? Ai! Tás tão preguiçoso como eu, ou quê?
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