segunda-feira, agosto 28, 2006

Eugénio: reflexos de todos nós



(foto de Alfredo Cunha)



"Às vezes sinto-me tão desesperado que me sento a escrever como quem chora"


"Estás só, e é de noite, / na cidade aberta ao vento leste."


"Não dizias palavras, ou só dizias / aquelas onde o rosto se escondia"


"Como se recusa o amor?, perguntavas / o sorriso brincando ao sol com as romãs"

3 Comentários:


Blogger Menina Rabisco disse...

A primeira ideia descreve-me.
:)

28/08/06, 15:33  

Blogger redonda disse...

Acho engraçado como às vezes num curto espaço de tempo, em sítios e com pessoas diferentes, pode acontecer falamos sobre o mesmo. Só como introdução para dizer que na sexta pensei em ir visitar a Casa Museu de Eugéno de Andrade aqui no Porto, mas estava fechada para férias, no sábado em conversa com uma das minhas irmã, ela contou-me sobre uma conferência a que assistiu com a recitação de poemas seus e na sua presença e agora também encontro aqui alguns versos.
Deve ser um sinal para começar mesmo a ler a sua obra ...
Um beijinho

28/08/06, 18:25  

Blogger Cláudio disse...

Menina: a escrita para além de exercer em mim um lado catártico, libertador... consegue por vezes funcionar como um verdadeiro antídoto contra a desesperante falta de sentido de que a vida em geral se reveste e faz por nos lembrar em certas horas...
Beijinho.

Redonda: do pouco que li do Eugénio (mas com vontade de ler muito mais... tenho a obra completa dele - "Poesia" - mesmo ao meu lado) aconselho-te vivamente. O primeiro livro dele que li foi "As mãos e os frutos". É uma poesia simples, sensual, "solar" como lhe chamam alguns críticos. Gosto muito.
Também a mim me acontece tropeçar sucessivamente nalguma coisa como se fosse um desígnio qualquer... e olha que eu não costumo acreditar em desígnios...
Beijinho.

29/08/06, 01:39  

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