terça-feira, agosto 29, 2006

O Mesmo Arco





"Eu diria que não vejo nada e que não sei.
Algo está suspenso. A hora repousa.
Eu quero estar vivo como uma ferida, como um signo,
não mais do que um rumor de coisa nua.
Neste momento nada é confuso e opaco.
Os labirintos são trémulos, transparentes.
Dir-se-ia que atravesso um jardim e toda a vida
repousa entre as forças da cinza
e o fulgor da chama. E adormeço
sentindo a beleza e o tempo, o mesmo arco
iluminado."

in "Acordes" de António Ramos Rosa.

1 Comentários:


Blogger redonda disse...

Gosto sempre muito das palavras. Das citações e das tuas. E gostei muito desta fotografia.

Um beijinho

29/08/06, 15:32  

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