quarta-feira, outubro 11, 2006

Último quadrante

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Último quadrante que resta de um pedaço de céu.
Nele deposito a esperança de um exílio.

Os prédios cresceram como pardos cogumelos
e confinaram o meu espaço a régua e esquadro.

O betão ameaça ruir tão depressa quanto eu.
Ou será que da minha janela distorço a sua solidez?

Talvez inveja a sua pretensa eternidade, por apenas
compartilhar dessa palidez sem cambiantes.

29/5/2003

1 Comentários:


Blogger ana disse...

Gostei muito deste poema.
Beijinho.

16/10/06, 23:58  

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