Último quadrante
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Último quadrante que resta de um pedaço de céu.
Nele deposito a esperança de um exílio.
Os prédios cresceram como pardos cogumelos
e confinaram o meu espaço a régua e esquadro.
O betão ameaça ruir tão depressa quanto eu.
Ou será que da minha janela distorço a sua solidez?
Talvez inveja a sua pretensa eternidade, por apenas
compartilhar dessa palidez sem cambiantes.
Último quadrante que resta de um pedaço de céu.
Nele deposito a esperança de um exílio.
Os prédios cresceram como pardos cogumelos
e confinaram o meu espaço a régua e esquadro.
O betão ameaça ruir tão depressa quanto eu.
Ou será que da minha janela distorço a sua solidez?
Talvez inveja a sua pretensa eternidade, por apenas
compartilhar dessa palidez sem cambiantes.
29/5/2003
1 Comentários:
Gostei muito deste poema.
Beijinho.
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