E.A.Poe
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Frank Brunner, Murder in the Rue Morgue
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"Murder in the Rue Morgue"... de um senhor que podia até nem ser grande poeta (confio no juízo frio e enciclopédico e na sensibilidade poética do senhor J.L.Borges), mas que lançou as bases de um novo género literário: o conto policial. Edgar Allen Poe pode ter abraçado a vida (ou foi abraçado) segundo os cânones românticos vigentes, pode ter resvalado alcoolizado e opiado pelas ruas da amargura (sem se poder ver nisso um statement voluntário em prol de um decadentismo em génese), sofreu o seu quinhão, coube-lhe a sua dieta de dores, mas a sua mente atormentada talvez tenha conseguido expiá-la na vasta obra que deixou. Inspirou muitos. Gerações passaram e o seu nome ainda perdura... e se houver nisso ou não alguma forma de expiação extra-terrena, cá estará o corvo para dar ou não da sua sentença, batendo as asas em qualquer janela, bicando o vidro e repetindo "Nevermore, nevermore..."
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1 Comentários:
Li todos os contos que encontrei de E.A.Poe na adolescência, e estou com saudades de repetir a dose. Obrigada por me recordares :)
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