sábado, novembro 11, 2006

Extrapolações nocturnas

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As vibrações vão-se comunicando de parede a parede e alcançam as do meu quarto. Apenas um prédio se interpõe entre o sítio onde moro e a discoteca. O sono tornou-se furtivo sob a densidade dos batimentos cardíacos. Qualquer tentativa de lhe voltar a pegar revela-se inútil. As vibrações propagam-se a todos os objectos do quarto. Sobem pelos pés da cama e conquistam-me o corpo e a mente. Ponho-me a imaginar os corpos em movimento, mais libertos que nunca na exígua pista de dança. Gosto do contraste entre máxima liberdade de expressão corporal e a exiguidade de espaço que para o efeito cabe a cada um. E daí a extrapolar o mesmo teor de pensamento para a relativa exiguidade da cama foi um clic...
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