quinta-feira, dezembro 14, 2006

Fim de dia

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Há esgrimas nos olhares dos cruzados
que regressam da terra santa dos ofícios;

sabres nas mãos dos que seguram sacos
brandidos a expedientes a meia altura
de outros corcéis;

farrapos na botoeira dos fatos;
sevícias que o andar desperta,
de presa a enfiar-se no carro.

O forro de um sorriso,
engomado só para o efeito,
descose-se mal se olha para o lado,
em acusações sem remetente em particular.

Fita-se a vidraça como ao quadro mais belo,
que vale bem o silêncio ao fim dum duelo.
23-1-2006
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