sexta-feira, abril 27, 2007

Álbum

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Rumo do tempo com inscrições de rostos,
gélido retrato de águas passadas.

Dou aos remos do almanaque.
Ao meu encontro recordam-me as ondas
de tanta coisa,
fundeada já nem sei onde.

Com a linha retesada, repego no volume
onde página a página
pesam, leves, essas vidas.

Em alto-mar aguardo só que morda a linha um sentido,
um que não diga que é isto a vida:
facho de papel fotográfico.

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