Prazeres vedados a noctívagos...

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Melissa Selby Brown, Egg I

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Tenho mesmo que pensar em mudar de hábitos. Acordar cedo e cedo erguer... tró-la-ri tró-la-rá. Mas lá que é verdade é. Ou parece que é. As olheiras matinais, algum desnorte, algum cansaço, atestam-no? Há séculos que não como um ovo pela manhã. Anos, mesmo. E não é por ter andado com pena do sr. Humpty Dumpty. Que saudades do estalido da casca imprimido pela colher; saudades das ondas de vapor que se libertam do interior como da cratera de um pequeno vulcão; do pão mergulhado em gema e levado à boca com uma mão por baixo para amparar eventuais pingos - e que me lembre não há durante o dia altura melhor para experimentar essas sensações. Tem de ser ao pequeno-almoço. Pensar nisso faz-me recuar aos tempos da escola, em que ainda era a minha mãe que me acordava e me preparava tudo e mais alguma coisa. Por vezes basta tropeçar numa imagem, como foi agora o caso, e acende-se qualquer coisa cá dentro. As imagens são catalizadores poderosos... de memórias e não só.

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