sexta-feira, fevereiro 23, 2007

E Deus criou a Mulher

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Michael Bergt, Creation (2002)
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Além do blog que de forma tão eloquente tem versado sobre a matéria, reunindo provas cabais que, sem sombra para dúvidas, atestam da veracidade da teoria criacionista neste preciso ponto, também no filme "Scent of a Woman / Perfume de Mulher", de Martin Brest (1992), se podem encontrar apontamentos interresantes nesse sentido.
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"Women! What can you say ? Who made 'em?
God must have been a fuckin' genius."
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Numa ode à mulher, colocando-a em toda a sua perfeição terrena ao mesmo plano de uma deusa Afrodite, o coronel Frank Slade (Al Pacino) discorre sábia e poeticamente sobre o assunto:
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"The hair --


They say the hair is everything, you know.
Have you ever buried your nose in a mountain of curls...
and just wanted to go to sleep forever?"

"Or lips --

and when they touched,
yours were like... that first swallow of wine...
after you just crossed the desert."
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Fala ainda de algo que tentadora e sugestivamente lhe lembra
secret searchlights, como que focadas e apontadas, em toda a sua carnalidade fremente, na sua direcção. Segue-se a erudita comparação entre a bela pernoca e as greek columns, e é então que revela ao instruendo Charlie Simms (Chris O'Donnell) por que meios se pode alcançar o mais directo dos passport to heaven. Soletra depois com toda a ênfase as duas únicas sílabas, entre todas as demais, que segundo ele valem a pena serem escutadas. Subtraio-me de as revelar, não por falsos pruridos, mas para dar um trabalhinho extra aos eventuais curiosos. A esses digo, meio a sorrir: ide procurar o script!

E, em jeito final, não sem bazófia e paternalismo, do mestre Slade para o instruendo:
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"Are you listening to me, son?

I'm givin' you pearls here."
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Sem me estar a dirigir a Frank Slade ou a indíviduos da mesma estirpe, exaltadores admiráveis da beleza feminina (nunca de mais exaltada): abaixo os mestres e os que neste campo se julgam mais doutos. Abaixo sobretudo os que com interminável lábia parecem querer mover-se numa prova de competição. É que se confundem pérolas - as de carne e osso - com meros objectos de disputa, pobres almas as deles. Além do mais, a terem realmente vindo de Deus, as pérolas, não há cá direito a créditos intermediários. A não ser os dos papás e mamãs, pois claro. E, eventualmente, dos esteticistas e cirurgiões plásticos - santos milagreiros da nossa era, alvos de tão careiras peregrinações. Mas primeiro e acima de tudo os bons genes dos papás e mamãs.
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