Euforia perpétua
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Alberto Caeiro é incapaz de exaltar as coisas para além do que elas são, ao contrário dos poetas que são muito propensos a êxtases e celebrações. De Caeiro extrapolo para «o agora». É que nunca houve como nos dias de hoje tamanha disseminação e fruição da arte poética. Pergunto-me então: vivemos numa sociedade virada para o êxtase? Que se regala a ver coisas para além das coisas e que nesse acto se celebra? Uma catarse globalizada deste real por vezes tão prosaico? Isto abriu-me o apetite para procurar de Pascal Bruckner, escritor e filósofo francês, o livro certeiramente intitulado de "Euforia Perpétua". Um título que diz muito das aspirações de vida que se generalizaram nos nossos tempos.
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3 Comentários:
é óbvio que vivemos numa cultura virada para o prazer. tudo bem, salpicos de prazer são necessários e indispensáveis para uma boa fruição da vida. o problema põe-se quando aquilo que é proposto e iconizado como objecto de prazer muitas vezes é completamente desprovido de conteúdo real.
Excelente título, que espelha bem os dias que correm.
Boa semana*
Vinda do blog do burlesconi, "apeteceu-me" ver o teu :-)))
Gostei muito da forma como escreves :-)
Parabéns!
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