sábado, abril 07, 2007

Frio magistério

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Nuvens de poeira perpetuando-se na difusa linha do horizonte. Toneladas de escombros dispersos pela paisagem árida dos dias. As ruínas cobrindo-se de silêncio, de silenciosa lembrança. Que não se perturbe a lenta invasão dos elementos, murmura-se por toda a parte. A muda e seca lambidela do tempo, até que pétreas, erodidas, acabem finalmente integradas no frio magistério da natureza, das coisas que se aceitam com a fatalidade do que não pode ser de outro modo.
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