terça-feira, janeiro 08, 2008

Retoques avulsos

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Alberto Caeiro, no poema XXXVI de "O Guardador de Rebanhos", elege a Terra/Natureza como «a» obra de arte definitiva - a única - que não necessita de retoques. Temos a sorte de participarmos da sua quase divindade (isto sem que entremos em misticismos), simplesmente deixando-nos ir e vivendo sem acalentar sonhos que perturbem o nosso sono. Qualquer retoque, mais que desperdício (de energia, de tempo), é sempre um empreendimento avulso.
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