Ingrid, a corajosa
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.É preciso uma boa dose de coragem e um grande amor à arte para se abandonar a meca do cinema, abdicar-se do estrelato, rumar a Itália e resistir às dificuldades que é contracenar com actores amadores sem a mínima noção de tempo e espaço cénicos e que em muitas ocasiões mal sabiam as suas deixas. A não ser que Ingrid, ainda nos Estados Unidos, ainda antes de o conhecer pessoalmente, já se havia apaixonado por Rossellini, pelo que ele mostrou de si em filmes como Roma Città Aperta (1945) e Paisà (1946). O que, mais do que vir a dar no mesmo, exponencia o valor do acto: "perseguir" uma paixão, um amor, independentemente das fronteiras (artísticas, geográficas, etc.)..
8 Comentários:
Il bello sta nella ricerca non nell'arrivo.
Vero :)
Numa entrevista um ano antes de falecer, Ingrid disse que se recusava a render-se à doença (lutou contra um cancro durante seis anos) e que por isso continuava a fumar e a beber vinho e champagne. Distinta concerteza esta senhora, ou chamar-lhe-ei diva? Salut ;)
Se começasse a adjectivar a senhora, tão cedo não sairia daqui... Salut ;)
um amor segue-se... "persegue-se" como dizes... não se deixa para trás... independentemente de...
abraço
luísa
Sempre independentemente de... Caso contrário, ao longo da vida, mais não faremos que coleccionar oportunidades perdidas. Abraço, Luísa
engraçado que nunca me fixei em colecções!
Abraço também
Coleccionar só por coleccionar também não me diz nada. Muito menos coleccionar relacionamentos. Juntar à estante ou colocar numa caixinha para só de tempos a tempos ir revisitando são gestos a que sou relutante. A menos que a "colecção" integre intensamente a sucessão dos dias. Abraçinho.
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