quinta-feira, outubro 02, 2014

«O Mar»




Nascer... morrer..., nada perguntes.
São simplesmente acontecimentos.
No meio, um mar tempestuoso.
E isto é o que sabemos.

No meio, um mar, sobre as suas ondas
confiadamente naveguemos
deixando-nos levar, deixando-nos
levar... Nossas paixões são seus ventos.

Bem que de súbito se soltem
poderes que não conhecemos,
e se povoe nossa solidão
de promontórios de mistério,

siga a nave o seu caminho
real contra o incerto,
siga a vida, siga sempre, avance
tenaz seu rumo contra o pensamento.


Alfonso Costafedra


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