«O Mar»
Nascer... morrer..., nada perguntes.
São simplesmente acontecimentos.
No meio, um mar tempestuoso.
E isto é o que sabemos.
No meio, um mar, sobre as suas ondas
confiadamente naveguemos
deixando-nos levar, deixando-nos
levar... Nossas paixões são seus ventos.
Bem que de súbito se soltem
poderes que não conhecemos,
e se povoe nossa solidão
de promontórios de mistério,
siga a nave o seu caminho
real contra o incerto,
siga a vida, siga sempre, avance
tenaz seu rumo contra o pensamento.
Alfonso Costafedra
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